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Editorial


James Burton No Brasil - Bourbon Street, 27 De Novembro de 2008.

 – Por Sergio Biston

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O Show

Depois de quinze anos de sua primeira visita ao Brasil, o guitarrista de Elvis na década de 70, James Burton, retornou ao país para realizar uma série de shows em São Paulo e Rio De Janeiro. Oportunidade única para os fãs de Elvis apreciarem o talento de um dos maiores guitarristas e membro do Rock´n´Roll Hall Of Fame. Estivemos presentes no show do dia 27 De Novembro em SP, no Bourbon Street e presenciamos uma performance eletrizante de James e da banda Hideaway Cats.

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Após um aquecimento de quatro ou cinco canções, incluido Got A Lot Living To Do, James subiu ao palco para delírio dos presentes. Apesar da proibição de filmar o show, assim que James entrou no palco dezenas de cameras fotográficas estavam apostos com a luz REC acesa registrando o momento histórico. Conciente disso e sendo um verdadeiro artista, Burton voltava-se para as câmeras apontadas tocando com maestria. Abrindo com Little Sister, James estava disposto, empolgado e claramente pronto  para fazer juz ao status de lenda do rock. Também deve-se comentar os competentíssimos e talentosos Alex Valenzi e a Hideaway Cats. Músicos de primeira, fizeram um show fantástico tanto a nível musical quanto de performance. Destaque para o baixista Leandro Negri e suas estripulias musicais com o instrumento.

Entre as canções apresentadas no show estavam Whole Lotta A Shaking Goin On, Johnny Be Good e Suzie Q, cujo refrão foi escrito por Burton. Em todas elas, James dedilhou as cordas de sua Fender flamejante para loucura da platéia. Ver Burton solando com tamanha facilidade e extraíndo das cordas sons tão ricos e complexos é uma lição de música por sí só. Seu dedilhar em The Wonder Of You, com a casa lotada entoando os famosos "oohs" no solo de guitarra foi sem dúvida nenhuma o ponto alto do show. 

Muito disposto e bem humorado, James fez até improvisos. O público pedia Polk Salad Annie, porém a banda não havia ensaiado o número. James provocou a platéia dedilhando os acordes iniciais do clássico das apresentações de Elvis. Delírio total. Diante dos pedidos insistentes do público, James iniciou uma curta versão, acompanhado de improviso competente de Alex e a Hideaway Cats. Curtos minutos de puro Rock ´n´ Roll. Foi pouco mais de uma hora e meia de um passeio pela história do rock, incluíndo músicas da própria Hideaway, que passou como se fossem quinze minutos. O show se encerrou com uma performance fantástica com todos os músicos solando e mostrando suas habilidades musicais, com direito a teclado tocado na vertical.  James e a banda ainda voltaram para um bis. Uma noite inesquecível para qualquer amante do bom e puro rock´n´roll.


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A Palheta.

 

 

Logo no início de sua apresentação, assim que subiu ao palco James Burton jogou uma palheta para uma mesa próxima, para surpresa do público. Ao longo do show, James distribuiu mais duas ou três palhetas para os afortunados fãs, mais próximos.

Tivemos a sorte de uma visão previlegiada de Burton. Estávamos sentados na primeira mesa, a poucos metros de James. Duas palhetas foram jogadas em nossa direção. Infelizmente, fui inábil para pegar estes pequenos troféus muito disputados pelos presentes.

Logo em seguida ao fim da apresentação, com muitas pessoas indo em direção ao palco, minha esposa, em atitude carinhosa e percebendo minha frustração em não ter conseguido o desejado objeto, tentou pegar uma palheta aproximando-se do palco. James distribuiu algumas palhetas para os fãs mais próximos e na última fechou os olhos e improvisou um sorteio entre as mãos esticadas. Para nossa surpresa, quando já estava indo embora, James virou-se e tirando outra palheta do bolso entregou-a diretamente na mão de minha esposa. Extremamente contente em ter conseguido o que ela sabia representaria uma grande lembrança para mim,  minha esposa entregou a palheta em minha mão, ao que eu após agradece-la com um beijo, devolvi-lhe a palheta e pedi que a segurasse para mim enquanto tentaria cumprimentar James na beira do palco. Após conseguir realizar o feito, voltei-me para nossa mesa e infelizmente, em um episódio lamentável, a palheta que James depositou na mão de minha esposa, na beira do palco, foi covardemente roubada por uma pessoa numa mesa próxima. Apesar do desespero de minha esposa, após ter sido empurrada na confusão, o rato que surrupiou o item acabou levando-o para casa. Infelizmente atitudes como essa me fazem perguntar que tipo de pessoas frequentam o meio Elvis do qual participamos. Embora mais tarde viemos a saber quem pegou a palheta e como a escondeu, fica a pergunta: Como pode um homem, se é que pode-se chamar de homem um pessoa com atitude tão covarde, além de roubar, permanece impassível a situação, especialmente de uma mulher? Definitivamente a hombridade, o caráter e o cavalheirismo são características desconhecidas por esta "pessoa". Minha esposa tem  mínimo interesse em Elvis ou James Burton, a palheta para ela pouco importava. Mas ela sabia o que significava para mim  e num gesto carinhoso foi em busca dela. Inconsolável e injustamente sentindo-se culpada por ter tido a palheta roubada, minha esposa a procurou desesperadamente no chão da casa, infelizmente sem mais encontra-la.

Felizmente para cada atitude baixa e suja como a deste cidadão, existem outros gestos, esses de pessoas nobres e cavalheiras que fizeram o possível para nos ajudar. Em especial devo mencionar o guitarrista Caio da banda Hideaway Cats. Ao ser informado do acontecido, Caio nos assegurou que não sairíamos de lá sem uma palheta de James. Também de nobre atitude, o jovem senhor da Bourbon Street, do qual infelizmente não perguntamos o nome no calor da confusão e que explicou a situação à James Burton. Graças a gentileza dessas pessoas e do próprio Burton, minha esposa ganhou uma segunda palheta, novamente diretamente da mão de James Burton. James  tirou a palheta do bolso, esticou a palma da mão pedindo para minha esposa repetir o gesto e colocou a palheta em sua mão. Mais uma vez, minha esposa entregou em minhas mãos o tão suado souvenir. Após tão árdua batalha, decidimos deixar o recinto segurando -fortemente- a palheta, enquanto Burton autografava fotos e tirava fotos com os fãs.


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Mais uma vez, um agradecimento especial:

A quem mais, senão a minha dedicada e amorosa esposa Elisangela. Com a certeza de virar cliché, pelas inúmeras vezes que voltarei a lhe agradecer  pelo seu amor, carinho, dedicação, despreendimento e perseverança .

 

 

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