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Let Me Be The One (Behind Closed Doors)

 

Palm Springs, CA. Abril de 1974

Dialogo/Spanish Eyes/Dialogo

Young At Heart(parte)/Dialogo

Let Me Be The One

Memphis, Tn. Novembro de 1973

Baby, What You Want Me To Do

Im So Lonesome I Could Cry

Rocky Top (Instrumental)

Spanish Eyes

C.C.Rider

That´s All Right

Your Life Has Just Begun

Tear Drops

Ode To A Robin(poema)

Hollywood, CA. 1960

You´ll Never Walk Alone

If I Loved You

The Lords Prayer/If I Loved You

I Wonder, I Wonder, I Wonder

An Evening Prayer(parte)

Make Believe

She Wears My Ring

Sweet Leilani

Sweet Leilani

Sweet Leilani

Beyond The Reef

When The Swallows Come Back To Capistrano

He

Hands Off

Lawdy Miss Clawdy

 

Let Me Be The One (Behind Closed Doors) – Por Sergio Biston

Não é segredo que mesmo quando se recolhia dos holofotes e da vida agitada do showbuziness Elvis jamais deixava a música. Pelo contrário, esta sempre foi a maneira que encontrava para se re-energizar e voltar as suas raízes. E Presley fazia isso costumeiramente sentado ao piano com amigos, familiares e músicos, desenterrando velhas canções country e principalmente gospel, a música que mais ressoava em seu coração. Essas "jam sessions" representam os mais íntimos momentos de Elvis como familiar e amigo. Por tudo isso, registros desses momentos de informalidade são um verdadeiro santuário para os admiradores não somente do Elvis artista, mas do Elvis humano. Esses preciosos registros tornam-se ainda mais importantes quando trazem canções inéditas. É o caso de Let Me Be The One (Behind Closed Doors), mais recente CD da Audionics, que com a faixa título entra para o panteão dos mais importantes selos piratas. Gravada em Abril de 1974 a faixa é uma demo apresentada ao grupo Voice e que mais tarde seria gravada pelos Oak Ridge Boys, grupo gospel apreciado por Elvis. Entre palavrões e trocadilhos com ereções, Elvis faz as vezes de backing vocal e na parte final da canção assume a liderança, num final surpreendente. Não se trata de uma versão perfeita, mas é muito melhor do que os fragmentos entre canções que estamos acostumados a ouvir entre um take e outro ou em performances ao vivo.

A sonoridade lembra os solos do Voice nos shows de Vegas em 1974. Mas ao contrário de Bringing It Back dessa vez os vocais de Elvis são perfeitamente audíveis. Além de Let Me Be The One, o tape contém um dueto com Sherill Nielsen em Spanish Eyes e um pedaço de Young At Heart. Let Me Be The One é a última canção da fita presente neste CD, e por isso fica impossível não especular se mais material está registrado neste K7 e apenas um pedaço foi lançado. E assim como essa jam session é muito provável que outros momentos com o Voice tenham sido registrados, já que o grupo se reunia diversas vezes para cantar com Elvis em sua casa e na sua suíte. Donnie Sumner em entrevista para o nosso site citou algumas canções frequentes nessas reuniões, entre elas In The Sweet By And By e Wasted Years. É possível expecular a existência do registro dessas canções em alguma fita K7 perdida ou na mãos de algum colecionador. As demais faixas do CD incluem gravações caseiras já conhecidas do período 1960-1973 e espalhadas em diversas compilações tanto oficiais quanto piratas. Fica claro que junta-las à gravação inédita de pouca duração foi a melhor saída encontrada pelos produtores para tornar o material viável comercialmente.

Dessas, a mais interessante é captada pelo gravador caseiro de Sam Thompson, irmão de Linda Thompson, a namorada de Elvis entre 1972 e 1976. Capturado num momento turbulento de sua vida, o cantor recupera-se de uma internação no Baptista Memorial Hospital de Memphis, onde fora submetido a uma desintoxicação após uma quase fatal overdose de Demerol. Relaxado, de bom humor e num meio familiar muito mais sadio do que a Máfia de Memphis, Presley visita canções como Baby What You Want Me To Do, Spanish Eyes e Thats All Right, acompanhando a si mesmo com o violão de Sam. No instrumento, mostra-se um ritimista simples mas de sonoridade muito simpática. Sua versão de Im Lonesome I Could Cry inclui o verso omitido no épico Aloha From Hawaii. Elvis ainda dueta com Linda Thompson em Your Life Has Just Begun e Tear Drops. Tudo entremeado por conversas, risadas e um poema sarcástico adaptado por Elvis. É o mais próximo que o ouvinte pode chegar do Elvis humano, uma chance singular. O encarte que acompanha o CD traz fotos do período das gravações, complementadas com um texto explicativo. A parte final do disco é composta pelas gravações feitas na casa de Elvis em 1960. Como sempre a seleção é eclética, indo da sacra He, passando pelo pop I Wonder,  I Wonder,  I Wonder e concluindo com o rock Lawdy Miss Clawdy. Todas anteriormente disponibilizadas no excelente FTD In A Private Momment. 

A qualidade do som varia bastante entre uma sessão e outra e certamente o tipo de gravação amadora não oferece qualidade sonora ideal. Mas a importânica histórica dessas reuniões reside na oportunidade de se observar o artista em seu momento mais humano e descontraído. É a fonte seminal de toda sua obra pública. O fato de uma canção inédita estar incluída nesses momentos, 35 anos depois de ter sido preservada numa fita K7, torna Let Me The One (Behind Closed Doors) um dos mais importantes bootlegs de todos os tempos.

 Apresentação Do Material: 5/5

Conteúdo: 5/5 

Som: 4/5

 

® Sergio Luiz Fiça Biston, Outubro de 2009

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