The Final
Homecoming
Memphis, 5 de Julho de 1976
CD 1
Also sprach zarathustra
Seee See Rider
I Got A Woman/Amen
Love Me
Fairytale
You Gave Me A Mountain
All Shook Up
Teddy Bear/Dont Be Cruel
And I Love You So
Jailhouse Rock
Fever
America The Beautiful
One Night
Thats All Right
Blue Christmas
Band introductions
Early Morning Rain (Incompleta)
CD 2
What´d I Say
Johnny B. Good
Drum Solo
Bass Solo
Piano Solo
Electric Piano and Clavinet Solo
Love Letters
School Day
Hurt
Hurt ( reprise completo)
Hound Dog
Funny How Times Slips Away
Help Me
How Great Thou Art
Soflty As I Leave You
Introduction By Elvis Of Vernon Presley
Polk Salad Annie
Jambalaya ( parte)
Its Now Or Never
Cant Help Falling In Love
Closing Vamp & Announcemments
The
Final Homecoming – Por Sergio
Biston
Lançado originalmente pela lendária Fort Baxter sob o título Goodbye Memphis, The Final Homecoming é um desses CDs especiais, carregado de simbologia. É o registro da última apresentação de Elvis em Memphis, cidade "adotiva" do cantor, onde ele encontrou abrigo após fugir da pobreza assoladora de Tupelo. Sob certo aspecto é o encerramento de uma história que começou quando o jovem caminhoneiro cheio de sonhos entrou no pequeno estúdio na Union Avenue para gravar um disquinho cujos raios de sol entravam pelas frestas de uma porta que ainda se encontrava cerrada. Era 5 de Julho de 1954 e a canção que mudaria sua vida chamava-se That´s All Right Mamma. Precisamente vinte e dois anos mais tarde, no mesmo dia e mês daquele longínquo verão de 54, o clássico maior do rock ecoou mais uma vez na cidade do Tennessee. O jovem caminhoneiro dera lugar a uma lenda viva, um boxeur cansado mas ainda gracioso. Antes dos acordes inicias, tocados pelo próprio Elvis ao violão, proferiu: "A primeira coisa que eu gravei aqui em Memphis foi uma canção chamada That´s All Right Mamma. Algumas pessoas dizem que eu não posso mais toca-la...Por Deus, assistam". E naqueles poucos minutos 1954 e 1976 fundiram-se no tempo. Se da primeira vez apenas Sam e a dupla Scotty e Bill presenciaram o "profeta do rock" dividindo o mar da música, agora 12.000 fãs do raio de Tupelo embarcariam numa viagem no tempo, para um passado glorioso, onde um bamboleante garoto de costeletas quebrava as convenções universais da música.
"A última vez que estive aqui eu estava doente por algumas semanas, mas já superei isso e estou trabalhando e feliz. Vou cantar todas as canções que vocês querem ouvir. É o final da turnê e tenho o tempo que vocês quiserem essa noite.", diz um Elvis bem humorado e disposto. Cumprindo com a palavra, o último show na cidade onde tudo começou tem um repertório longo e variado, decorado com surpresas interessantíssimas. Soflty, As I Leave You é a maior delas, cantada raríssimas vezes fora de Las Vegas. Talvez inspirado pela nostalgia, Presley resgata clássicos de outrora, como One Night, que pode não ter a mesma verve de vinte e poucos anos atrás, mas conserva o espírito irreverente da década de ouro do rock. Blue Christmas ganha uma agradável versão no meio do verão americano, enquanto Jailhouse Rock e All Shook Up recebem tratamento acima da média, certamente inspirado pelo clima do evento. Seus trabalhos mais recentes, Hurt, Fairytale e Help Me complementam o excelente repertório da noite, que conta ainda com uma ótima How Great Thou Art e uma excelente Polk Salad Annie, onde mais uma vez, James Burton se destaca com um solo puro rock´n´roll. Uma versão completa de Early Morning Rain também fez parte do show, mas infelizmente não foi capturada na íntegra pelo engenheiro de som, sendo cortada logo após o pedido de Elvis para continuar com a canção.
Com um ótimo show, em noite inspirada, Presley encerrava assim um grande ciclo de sua carreira. Na vida pessoal, outro ciclo chegava ao fim, o da máfia de Memphis. Seus dois membros mais próximos e íntimos de Elvis, Sonny e Red West, seriam afastados definitivamente do grupo. Revoltados, escreveriam um livro que afetaria profundamente o equilíbrio emocional de Elvis.
No dia seguinte o jornal local The Commercial Appeal, escreveu sobre o show:
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Vinte e dois anos. Muitas pessoas não acreditavam que o rock fosse durar tanto. Mas durou, e se algo ficou claro noite passada, é que Elvis também. Se ele se tornou um pouco mais pesado com o tempo (e se tornou), bem, a maioria das pessoas também. Mas ele ainda consegue rockar quando quer.
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Apresentação Do Material: 4,5/5
Conteúdo: 4,7/5
Som: 5/5
Leia Também:
My Its Been A Long, Long Time- Por Sergio Biston
Writing For The King– Por Sergio Biston (Comentários sobre o show de Fort Worth, 3 de Julho de 1976)
Consulte:
Seção Memorabília: Ingresso do concerto e binóculos usados no último show
® Sergio Luiz Fiça Biston, Janeiro de 2010
® 2005-2010 Elvis Collectors
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